Atualmente, a China enfrenta uma tarifa de 54% sobre produtos exportados para os EUA, após Trump anunciar um aumento de 34% nesta semana, o que provocou uma retaliação por parte de Pequim na sexta-feira. Trump afirmou que poderia reduzir essas tarifas como parte de um acordo com a ByteDance para viabilizar a venda do TikTok, aplicativo utilizado por cerca de 170 milhões de americanos.
Trump afirmou ainda que sua administração está em contato com quatro grupos distintos para uma possível transação envolvendo o TikTok, mas não revelou os nomes.
Um dos principais obstáculos à concretização do negócio é a aprovação do governo chinês, que até o momento não assumiu publicamente o compromisso de autorizar a venda. As recentes declarações de Trump indicam uma oposição renovada por parte de Pequim.
"Estamos ansiosos para trabalhar com o TikTok e com a China para concluir o acordo", escreveu Trump na sexta-feira. "Não queremos que o TikTok 'fique no escuro'", completou.
O Congresso aprovou a legislação no ano passado com apoio bipartidário, citando riscos de que o governo chinês pudesse utilizar o TikTok para espionagem e operações de influência nos Estados Unidos. O então presidente democrata Joe Biden sancionou a lei.
Alguns parlamentares pressionam Trump a aplicar a legislação, que determinava o encerramento das operações do TikTok até 19 de janeiro, caso a ByteDance não concluísse a venda dos ativos norte-americanos. Trump iniciou seu segundo mandato em 20 de janeiro e optou por não aplicar a medida.
Em janeiro, o Departamento de Justiça comunicou à Apple e ao Google que não faria cumprir a lei, o que levou as empresas a restaurarem o aplicativo para novos downloads.
A nova ordem de Trump estabelece um novo prazo, até meados de junho, para a concretização do acordo.
As negociações conduzidas pela Casa Branca se concentram em um plano no qual os principais investidores não chineses da ByteDance aumentariam suas participações e assumiriam o controle das operações do TikTok nos EUA, segundo reportagens da Reuters.
O plano prevê a criação de uma entidade independente nos EUA para operar o TikTok e a redução da participação chinesa na nova empresa para menos de 20%, conforme exigido pela legislação norte-americana, evitando assim uma proibição do aplicativo no país.
O Susquehanna International Group, de Jeff Yass, e a General Atlantic, de Bill Ford — ambos com assentos no conselho da ByteDance — estão liderando as negociações com a Casa Branca, conforme informou a Reuters.
Fonte: G1