A rainha Elizabeth II deixará de comparecer, pela primeira vez em 59 anos, à tradicional abertura do Parlamento britânico, segundo reportagens da imprensa deste país nesta segunda-feira (9).

Em seu lugar, o príncipe Charles será o representante da monarquia a discursar na terça-feira (10) antes do início dos trabalhos do novo ano legislativo.

O jornal "The Sun" afirma, em reportagem, que a rainha tomou a decisão na tarde desta segunda por conta das dificuldades que anda encontrando em se locomover.

Elizabeth II completou, no mês passado, 96 anos e celebra em 2022 seu jubileu de platina – ou seja, 70 anos de poder sobre o trono britânico.

Desde a morte do marido, príncipe Philip, em abril do ano passado, aos 99 anos, a saúde da rainha vem sendo questionada.

Ela foi vista, em mais de uma aparição pública, com bengala; passou a noite internada em um hospital "para exames" e chegou a relatar cansaço após ter sido infectada com a Covid-19.

Em um comunicado, reportado pela rede BBC, o Palácio de Buckingham afirmou que a rainha esperava a autorização médica para participar do evento, e que decidiu "relutante" não participar da cerimônia.

O discurso tradicionalmente marca o início do ano legislativo do Parlamento e a rainha costuma endereçar, em sua fala, os temas que o governo pretende votar durante o período.

Ele é lido, normalmente, por um monarca – em sua posição de chefe de Estado – e a rainha deixou de participar da cerimônia apenas duas vezes (em 1959 e 1963) por estar grávida.